segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Acordes da vida

Se não há vida em teu viver.
Quais batidas está a ouvir?
Quantos acordes está a escutar?

Se ao abrir teus lindos - elípticos,
e caudados - olhos de cometas,
somente orbitas o Mundo dos espelhos.
Quando acordarás?
Quantos acordes para enxergar?

Veja aqueles que,

ausentados de reflexos espelhados,
um a um,
estão a bater no chão!
Quantos!
Não há vida!
Qual batida está a ouvir?
Quantos acordes?

Quantos?
Há vida!

Acorde!
                                                                                         Maurício Lacerda Caldeira Filho
                                                                            Senhor J. de Todos os Nomes Neto
                                                                                                     @mauricio_cald
                                                                                               21/12/2015

sábado, 19 de dezembro de 2015

Boas Novas

Dest(e)(h)ino canta o novo: 

Amai ao próximo como a ti mesmo,
e aos Teus acima de tudo!

Blasfemando esperança, pe(ç)o:
                                                (c)
Pregadores.
Não batam pregos,
não criem dores! 
Obrigado,
Je suis 

J. Neto! 
                                                                                 Maurício Lacerda Caldeira Filho
                                                                     Senhor J. de Todos os Nomes Neto
                                                                                       19/12/2015

sábado, 28 de novembro de 2015

Peraltagens na Peneira

Por favor,
brincadeiras à parte!
Brin-ca-dei-ras.

                                       
                                         Maurício Caldeira
                                      @mauricio_cald

Conversa de wpp!

F. Júnior:

 1) - Diz Xicô e o Wander, q as notas da prova n foram boas. Que pictóricas pessoas destacaram, mas que a galera foi mal!

 2) - Pra caralho!

 3) - Medo de eu ter ido mal tbm

 4) - Mas acho que fui bem

Zezinho (será J. Neto?):

1) - Está no “pictóricas” amigo

2) - Mesmo que eles n tenham usado o termo pictórico

F. Júnior:

1) - Sim. E espero, com fé: se em dicionário próprio tal palavra possuir singular significado, permitindo o seu uso, que somente – Sim, enfatizo veemente a singularidade momentânea – somente, nessa irrelevante situação, me enquadro no subgrupo dos pictóricos.

Zezinho (será J. Neto?):

1) - Consoante e disposto das amarras inerentes  à jactância humana. Peço indulto perante qualquer crença que viabilize os supostos adjetivos associados ao crivo de vossa excelência. Independente da eterna jocosidade em questão, uso Hamlet para finalizar as singelas desculpas aqui proferidas.


F. Júnior:

Ahhh essa jocosidade, com um Machado pretendo cortá-la, acrescentando em sua metade, duas fatias de leve humor. Prato favorito de Drummond, aquele Gauche angelical, (desconfio do anjo e sua tortuosidade, principalmente da Timidez do Itabirano), que Andava sempre à Olhar pernas...

— Digo mais:

O Malandro continua a Admirar sinuosas, e femininas, obras de arte! Astuto, e Titulado PhD em “jeitinho mineiro” – no eterno, Cansado dos bondes, e de seus retilíneos trajetos – Acomodou em estratégico banco na Praia de Copacabana! Preferiu Contemplar em ínfimos trajes,  glúteos e coxas, que incessantemente põem-se a dançar melodias, majoritariamente ritmadas em 1:1! Seus requebros somente não Lhe fraturaram o pescoço, até o presente dia, devido à Sua, infinita, e adiamantada essência. Natural de Itabira, nunca Largou a férrica solidez da alma mineira!
O vi chorar somente em atual Novembro. Perguntei o que descia de seus olhos. Pensei ser ferrugem, pelo tom marrom - cor conferida ao ferro exposto ao viver! Mas seu olhar, telepático, respondeu: “É lama! Que as ondas do mar às limpem, sem encoberta-las”.
Apesar da tristeza, motivo ao qual, por pequeno momento, lhe fez apagar a luz, o Poeta ainda...

...Vive!

Benção concedida devido Tuas obras eternas.
Não foi Vítima de morte real, somente da física. Vejo diariamente o contrário, ao auscultar corações, que somente fazem tum-tá...tum-tá...tum-tá.
Alegre, continua sentado, vivendo seus paradoxos, e sua tríade indagatória:

I.             Em Teu coração: “Para que tantas pernas?”;

II.           Em Teu olhar: somente silenciosos, imperceptíveis, nistagmos horizontais;

III. Em Teu pensamento: “Pernas para que te quero”?!


Acredita que em certo momento, indiscreto, batizou J. Neto, de José, possuindo a audácia em questioná-lo: “E agora”?
           J. Neto fez o que a essência intuitiva sempre mandou: pôs-se a brincar! Em sua jocosidade – só aceitava três, nunca duas, fatias bem espessas de humor. Drummond riu levemente – sabia das surpresas de J. Neto:
Aquele que em tudo, nada podia esperar!


Obs.:

Zezinho, por pertencer a uma família, teve parentesco revelado por J. de Todos os Nomes Neto. O mesmo declara que o pequeno, é primo próximo, mas distante pela régua escalonada!


                                                                                 Maurício Lacerda Caldeira Filho
                                                                     Senhor J. de Todos os Nomes Neto
                                                                                        28/11/2015

sábado, 14 de novembro de 2015

Silêncio


Boom, boom,



Silêncio dos afogados em lama,


Silêncio, seco, sedento, dos vitimados pelas “fábricas de sertões”!

Dos peixes,
Silêncio?
Nada além de morte, e cheiro podre.
Silenciados,
Assumem a culpa pela podridão humana!

Festa dos porcos!
Continuam a crescer em seus lamaçais homicidas.


Boom, boom, boom,



Silêncio dos afogados em sangue,


Silêncio, seco, sedento, dos vitimados pelos “pregadores do chumbo”!

Dos que ficam,
Silêncio?
Nada além de morte, e cheiro podre.

Vivos?
Morrem diariamente,
afogando na lama podre, e real dos porcos.

Festa dos morcegos!
Empanturrados,
Espalham a raiva regurgitando sangue pelas ruas!

Fábricas, pregadores, chumbo,
Porcos e morcegos!
Onde estão os seres humanos?


Silêncio...




sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Tísica

Inspirei.
Agora expiro!

Tusso,
expectoro palavras!

Antigos devaneios,
apenas enchiam pulmões.
Alivio repentino,
Dissolvia em vermelhas correntes.

Antes solvente,
fiz do vermelho uma cor.
Pinto folha branca
com escarros hemoptoicos.

Pela raiva fui mordido.
Doente estou.
Tísico como Bandeira!

Batizado,
mergulhei na moléstia dos poetas.

Leproso,
padeço em cada verso.
Partes de meu ser partido,
que parte

  em
   da   Dor        
com

Divina trindade das angústias,
agoniza:
                1 - pensamento
       
                     5 - boca

     4 - peito  2 - estômago  3 - coração

Amém!

Chiiiiiiiiiii....

O Mundo quer dormir.

Ao sono, minha tosse incomoda.
                                                                                 
Ao sonho, não.               

Tomo meu xarope!                                                                 

... ... ...

Cri, cri...


                                                                                                             Maurício Caldeira
                                                                                                   @mauricio_cald

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Quase

Degusto tuas falanges encorpadas,
Trajadas em véus de elétrons,
Tecendo afagos de               vento,
Convidando anseios formigantes,
Coçando esperanças e ácaros.
Algo!

Não sinto saudade homicida,
Desconheço o que é ser apontado.

Não pulo paixões CaRnaVAlesCAs.
Amor? Antes, sentimento inquilino.
Mudou-se para o prédio ao lado.
Coração, para quem ardes?

Para mulheres de seios?
Dançarinas de coxas?
Para delineadas e volúpias nádegas?
Provocantes rebolados?
15 minuuutos chatos – chatos – chatos.

Espero...


Minha “olhos de mistério”,
Minha “quase suspiro”.
––––––––––––––––––––––
           Minha?

          Quase!
    -----------------------


                                                                                                        Maurício Caldeira
                                                                                              @mauricio_cald

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Erregê

Pequena covinhas;
Tão bem te vi,
que com alegria,
do bem-te-vi cheirou a flor!

Supetão...

Sem penar,
no bater de asas,
o Mundo, no G, girou.
E por um leve erre,
Atchim!

Estes estares

Sei que ainda estás!

Soluto da existência.
Febre ardente que mata
mas esquenta.
Flama que leva existência aos sutis
toques corriqueiros.
Brasa que marca digitais paixões.

Sei que ai ainda estás!

Infantil lhe perdi num pique.
Olhei para o concreto.
Me vendei.
Me perdi no contar dos dias.
Somente contei.
Esqueci que para lhe achar
Preciso era somar, subtrair,
Multiplicar, dividir.

E agora?
Onde estás - sutileza reativa - catalisadora de destinos e acidentes?
Em que curvas, olhar, perfume,
Escondeu?

Decerto sei que ainda estás.
Como essência,
És amaldiçoada pela imortalidade.

Quando voltar terás destino, terás colo.
Terei colo!

Sei que vagas pelo silêncio.
Ouço distante suas gargalhadas.
Cínica,
ri de tuas crias fugazes.
Sei de tua crueldade!

Lembro do pingar de gotas
de dias atrás.
Corri da chuva.
Surdo da acústica material,
ouvi suspirado gemido
em meio a apressados passos.
Em meus lábios
Palatei o sal das decepções.
Sei da tua tristeza.

Ainda estás!

Lhe caçarei em remexidos cabelos,
Nas rimas das bocas,
No imperceptível dançar dos olhares,
Nas expirações prolongadas de desejos.

Ainda estás?

Verbo amigo,
presente perfeito queria como dádiva.
No imutável passado,
perfeito, o estava, passou.
O sublime restou para o futuro.

Ainda estás?
Procuro...


                                                                             Maurício Caldeira
                                                                      @mauricio_cald