terça-feira, 6 de outubro de 2015

Quase

Degusto tuas falanges encorpadas,
Trajadas em véus de elétrons,
Tecendo afagos de               vento,
Convidando anseios formigantes,
Coçando esperanças e ácaros.
Algo!

Não sinto saudade homicida,
Desconheço o que é ser apontado.

Não pulo paixões CaRnaVAlesCAs.
Amor? Antes, sentimento inquilino.
Mudou-se para o prédio ao lado.
Coração, para quem ardes?

Para mulheres de seios?
Dançarinas de coxas?
Para delineadas e volúpias nádegas?
Provocantes rebolados?
15 minuuutos chatos – chatos – chatos.

Espero...


Minha “olhos de mistério”,
Minha “quase suspiro”.
––––––––––––––––––––––
           Minha?

          Quase!
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                                                                                                        Maurício Caldeira
                                                                                              @mauricio_cald

2 comentários:

  1. Quase é um "algo/ser" que não existiu por capricho tolo ou descuido.
    Inalcançável singeleza. Um conhaque, e me poria dentro do verso.

    Absurda poesia! Parabéns!

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    1. Obrigado, meu amigo! Não quero mais estar neste poema. Agora quero ter o possível amor. Pode ser até com finas falanges! Kkk
      Abraços, meu amigo versador (que eu acho poeta)!

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