Quando nasce,
É dada a luz à primeira morte.
Aquela que, em certeiro golpe,
vai lhe acertar com sua foice
de sete palmos.
A “segunda morte”,
a não personificada.
O nada...
A ausência eterna...
Esquecimento...
Essa,
mesmo “morto primeiro”, não vou aceitar.
Assusta-me ser jogado ao
infinito de “não ser”!
Assim,
sempre a mato
com histórias aumentadas
nas festas de família,
onde caem fácil no meu
fabular!
Mato com os meus amigos,
que da minha loucura nunca
esquecem.
Sou mentecapto nunca contido!
Acerto o presente que flutua
pelo futuro,
com todas mentiras que contar!
Já a “terceira morte”,
A morte da vida, ao viver!
A “primeira morte” adiada,
pelo medo de fazer alguém que
ama sofrer.
O morto que anda.
Zumbi,
não dos palmares.
O defunto que da cama e
lençol,
faz seu caixão de panos
pesados.
Enterrado na depressão de sete,
loooongos, palmos.
Aquela que lhe tira o ouvir
das palmas,
que os outros estão a bater!
A que não convida a alegria
para o teu funeral constante
do dia a dia.
Velando, sem vela, a sombra do
próprio corpo.
A “terceira”,
esta não se tem que matar.
É necessário chocar,
dar vida!
Assim o coração, que um dia,
morto, somente bateu,
começa a cantar: -
Pi....Pi....Pi....
Logo enxerga a felicidade no
infeliz do beco.
E até “canta” as moças,
que lindas, e cheias de graça,
passam em Ipanema.
Maurício Lacerda Caldeira FIlho
Maurício Lacerda Caldeira FIlho
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