Ehhh...Coronel!
Herdaste
em teu nome, um fardo demais por pesado.
Peso de
entulho, de uma cidade lixo!
Lixo
nas ruas, no legislar, no executar...
Lixo em
tudo que é lugar!
Ehhh...Coronel!
Os
homens e mulheres, deste lugar bombardeado,
já não
sabem o que é olho no olho,
com
tanto nariz empinado!
Vão
passando igual rolo compressor.
Trombando,
e destruindo, o que ainda restava.
Ehhh...Coronel!
Se em
Minas não tem mar, aqui há!
Mar de
corrupção!
Nadam
em suor salgado, gotejado, mirrado,
dos
poros de nossos trabalhadores.
Fiquei
sabendo, que pelo excesso de nada,
agora
também estão a recolher lágrimas
para
nutrir o nosso imenso oceano!
Ehhh...Coronel!
Nas
beiras dos rios, nos altos dos morros, nos cantões,
ainda
há beleza!
Beleza
triste, faminta, que não brinca,
e não
tem onde morar!
Aqui
coronel,
nem todos
podem aproveitar do mar particular!
Ehhh...Coronel!
Do teu
túmulo ninguém o há de tirar!
Possui
lápide pesada.
E se
cavar?
Encontrará
de ti somente o pó!
E ai?
Teremos
todos que limpar!
Meu amigo poeta, que obra primaz! Absurda, engajada, política... Teus saltos têm sido cada vez maiores, do tamanho do teu talento! Parabéns!
ResponderExcluirObrigado meu amigo! Preocupo com a situação que minha cidade se encontra, e no tanto que as pessoas que aqui vivem estão cegas. Como falava Saramago: " Cegos que veem. Cegos que vendo não veem". Agradeço aos elogios!
ExcluirIndicado ao Prêmio Dardos
ResponderExcluirhttp://varaldepoesia.blogspot.com.br/2016/01/premio-dardos.html
Indicado ao Prêmio Dardos
ResponderExcluirhttp://varaldepoesia.blogspot.com.br/2016/01/premio-dardos.html
Lindíssimo, Maurício! Parabéns!
ResponderExcluirLindíssimo, Maurício! Parabéns!
ResponderExcluir