sexta-feira, 15 de abril de 2016

Eterno indescritível



Ahhh... essa falta de palavras!
Tal imensa inexistência de frases
para descrever esse frio estomacal,
este algo, pronome indefinido,
que há em mim
na tua presença
e ausência.

Constante inconstantes,
que mesmo partindo
nunca se vão.
Sempre são presente em,
e para,
meu ser!

Ah! Se um dia constar
no dicionário, bibliotecas
até em bilhetes de bares,
tal palavra que não procuro
tomada de ousadia e presunção;
Juro! E com dedinho esquerdo (ainda canhoto em juras)!
A este disparate jamais darei
voz ou tinta.

Nada de escrita, leitura, crendice ou significado.

Pois aquilo que me causa,
e não desejo fuga,
não importa idioma, língua ou som.
Essa sensação por si só,
por ti, morena;
Essa sempre será
um eterno indescritível!


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