sábado, 28 de novembro de 2015

Peraltagens na Peneira

Por favor,
brincadeiras à parte!
Brin-ca-dei-ras.

                                       
                                         Maurício Caldeira
                                      @mauricio_cald

Conversa de wpp!

F. Júnior:

 1) - Diz Xicô e o Wander, q as notas da prova n foram boas. Que pictóricas pessoas destacaram, mas que a galera foi mal!

 2) - Pra caralho!

 3) - Medo de eu ter ido mal tbm

 4) - Mas acho que fui bem

Zezinho (será J. Neto?):

1) - Está no “pictóricas” amigo

2) - Mesmo que eles n tenham usado o termo pictórico

F. Júnior:

1) - Sim. E espero, com fé: se em dicionário próprio tal palavra possuir singular significado, permitindo o seu uso, que somente – Sim, enfatizo veemente a singularidade momentânea – somente, nessa irrelevante situação, me enquadro no subgrupo dos pictóricos.

Zezinho (será J. Neto?):

1) - Consoante e disposto das amarras inerentes  à jactância humana. Peço indulto perante qualquer crença que viabilize os supostos adjetivos associados ao crivo de vossa excelência. Independente da eterna jocosidade em questão, uso Hamlet para finalizar as singelas desculpas aqui proferidas.


F. Júnior:

Ahhh essa jocosidade, com um Machado pretendo cortá-la, acrescentando em sua metade, duas fatias de leve humor. Prato favorito de Drummond, aquele Gauche angelical, (desconfio do anjo e sua tortuosidade, principalmente da Timidez do Itabirano), que Andava sempre à Olhar pernas...

— Digo mais:

O Malandro continua a Admirar sinuosas, e femininas, obras de arte! Astuto, e Titulado PhD em “jeitinho mineiro” – no eterno, Cansado dos bondes, e de seus retilíneos trajetos – Acomodou em estratégico banco na Praia de Copacabana! Preferiu Contemplar em ínfimos trajes,  glúteos e coxas, que incessantemente põem-se a dançar melodias, majoritariamente ritmadas em 1:1! Seus requebros somente não Lhe fraturaram o pescoço, até o presente dia, devido à Sua, infinita, e adiamantada essência. Natural de Itabira, nunca Largou a férrica solidez da alma mineira!
O vi chorar somente em atual Novembro. Perguntei o que descia de seus olhos. Pensei ser ferrugem, pelo tom marrom - cor conferida ao ferro exposto ao viver! Mas seu olhar, telepático, respondeu: “É lama! Que as ondas do mar às limpem, sem encoberta-las”.
Apesar da tristeza, motivo ao qual, por pequeno momento, lhe fez apagar a luz, o Poeta ainda...

...Vive!

Benção concedida devido Tuas obras eternas.
Não foi Vítima de morte real, somente da física. Vejo diariamente o contrário, ao auscultar corações, que somente fazem tum-tá...tum-tá...tum-tá.
Alegre, continua sentado, vivendo seus paradoxos, e sua tríade indagatória:

I.             Em Teu coração: “Para que tantas pernas?”;

II.           Em Teu olhar: somente silenciosos, imperceptíveis, nistagmos horizontais;

III. Em Teu pensamento: “Pernas para que te quero”?!


Acredita que em certo momento, indiscreto, batizou J. Neto, de José, possuindo a audácia em questioná-lo: “E agora”?
           J. Neto fez o que a essência intuitiva sempre mandou: pôs-se a brincar! Em sua jocosidade – só aceitava três, nunca duas, fatias bem espessas de humor. Drummond riu levemente – sabia das surpresas de J. Neto:
Aquele que em tudo, nada podia esperar!


Obs.:

Zezinho, por pertencer a uma família, teve parentesco revelado por J. de Todos os Nomes Neto. O mesmo declara que o pequeno, é primo próximo, mas distante pela régua escalonada!


                                                                                 Maurício Lacerda Caldeira Filho
                                                                     Senhor J. de Todos os Nomes Neto
                                                                                        28/11/2015

sábado, 14 de novembro de 2015

Silêncio


Boom, boom,



Silêncio dos afogados em lama,


Silêncio, seco, sedento, dos vitimados pelas “fábricas de sertões”!

Dos peixes,
Silêncio?
Nada além de morte, e cheiro podre.
Silenciados,
Assumem a culpa pela podridão humana!

Festa dos porcos!
Continuam a crescer em seus lamaçais homicidas.


Boom, boom, boom,



Silêncio dos afogados em sangue,


Silêncio, seco, sedento, dos vitimados pelos “pregadores do chumbo”!

Dos que ficam,
Silêncio?
Nada além de morte, e cheiro podre.

Vivos?
Morrem diariamente,
afogando na lama podre, e real dos porcos.

Festa dos morcegos!
Empanturrados,
Espalham a raiva regurgitando sangue pelas ruas!

Fábricas, pregadores, chumbo,
Porcos e morcegos!
Onde estão os seres humanos?


Silêncio...